BIOGRAFIA
Eliete Silva Cardoso, nasceu em 09 de dezembro de 1965 na cidade de Rio Branco, no Estado do Acre, mas é filha de pais paraenses de Belterra PA, antigo distrito de Santarém. Em 1973, oficialmente, iniciou a primeira série aos sete de idade na escola Rotary em Santarém, mas já sabia ler, o que não era muito comum naquela época. Na primeira série, era a professora Madalena, que até hoje guarda na lembrança as visitas dela em sua casa para falar de seu desempenho nos estudos.
É graduada em letras em língua portuguesa pela UFPA, em 2004. Foi aos 39 anos que deu o ponta pé inicial para chegar à sala de aula de fato como profissional da educação, e a partir de então não parar mais. Esse foi um processo doloroso, longo, ao mesmo tempo rápido, pela necessidade de recuperar “o tempo perdido”, por falta de oportunidade.
Foram nesses momentos difíceis de falta de dinheiro, problemas familiares que encontrou saída e refletiu muitas vezes sobre seu futuro e de sua família que precisei tomar a decisão de retomar seus estudos, mesmo com todas as dificuldades que enfrentava para tornar a profissional que sempre quis. A necessidade de melhorar e ter oportunidade cada vez melhor leva a pessoa a ir em frente e voar mais alto.
A segunda graduação- Letras Inglês, proporcionou dias melhores, tanto financeiro (aumento de carga horária) quanto de responsabilidade com o aprendizado de seus alunos. Essa disciplina acabou sendo prioridade para melhorar o seu inglês.
Na sala de aula, apesar de pouco conhecimento prático da língua, procurava incentivar e desenvolver nos alunos as quatro habilidades (ler, escrever, ouvir e falar), dando uma certa ênfase na leitura que é a modalidade mais utilizada na escola.
Depois disso, vieram os cursos de especialização. Na oportunidade, surgiu o de “Estudos Culturais da Amazônia” pela UFPA que lhe oportunizou aprofundar e compreender através da leitura de textos de cunho científico sobre o processo cultural da região amazônica: vestuário, culinária, costumes, linguagem, dentre outros.
Compreender o processo cultural de um povo nos faz refletir sobre questões como preconceito, identidade e valorização da cultura de um povo.
Apesar de fazer parte e admirar essa região, não tinha uma visão holística, do todo. Essas leituras fizeram-lhe refletir quanto ao comprometimento como educadora.
A segunda especialização, Metodologias do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira, como o nome diz, foi para melhorar sua didática em sala de aula. Esse, apesar de não ter sido um curso regular, os encontros eram com tutores, as leituras já traziam naquela época em 2010, metodologias com o uso das mídias tecnológicas em sala de aula.
Com essas leituras, foi possível inovar as aulas de inglês, levando aparelhos eletrônicos na tentativa de trabalhar as quatro habilidades com o intuito de levar o aluno a atingir o mais próximo possível da sua competência linguística nessa língua estrangeira.
A urgência de tornar as aulas de inglês cada vez mais atraentes para aumentar o interesse dos alunos pela disciplina, houve a necessidade de fazer cursos de conversação. Essas aulas contribuíram para tornar as aulas mais dinâmicas e perceber o interesse dos discentes por essa língua.
A participação em concursos públicos, que não foram poucos, oportunizou para as leituras de conhecimento pedagógico que lhe ajudaram a planejar melhor as aulas, a refletir, repensar sua didática em sala de aula.
Os cursos de Pós-graduação em Estudos Culturais da Amazônia (UFPA) e Metodologias do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira (UNINTER) serviram para ministrar aulas na Faculdade de Itaituba (FAI), na Faculdade do Tapajós (FAT) e Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR). As disciplinas ministradas nessas instituições foram: Inglês Instrumental nos cursos de Pedagogia e Administração; Tópicos Especiais de Leitura e Recepção de Textos, Filologia Românica, Língua e Variação: implicações para o ensino e Teorias Linguísticas e Ensino de Língua Materna nos cursos de Letras, cujas metodologias envolviam atividades interativas e cognitivas, numa abordagem socioconstrutivista, com base em Vygotsky no ensino de linguagem e Widdowson (2005) no ensino de inglês, com abordagem comunicativa.
Em 2010, concluiu a segunda Licenciatura em Letras-Inglês pela ULBRA Santarém e participou dos concursos: do Estado (SEDUC) para Santarém onde já trabalhava contratada, ministrando aulas de inglês no Ensino Médio na cidade de Itaituba; e Instituto Federal do Pará-IFPA- Campus de Itaituba, sendo aprovada nos dois para lecionar português e inglês.
Em 2011, tomou posse na SEDUC, trabalhando em quatro escolas estaduais durante sete meses apenas, pois logo foi chamada para assumir no IFPA em 2012, as aulas de Inglês, Português e Literatura nos Cursos Técnicos e Superiores
Trabalhar no Instituto Federal como docente, foi e está sendo desafiador. Desde 2012, quando assumiu as turmas do curso técnico integrado e superior, percebeu o quão era a responsabilidade de fazer uma abordagem bem diferenciada das aulas quando ministrava nas escolas do município e do estado.
A política pedagógica do IFPA oportunizou- lhe ler, pesquisar e escrever, pois precisava trabalhar o ensino, a pesquisa e a extensão. Era hora de usar os conhecimentos adquiridos para perceber os problemas e encontrar meios de se não resolver, amenizá-los.
Apesar de trabalhar com outras disciplinas, foi em Inglês que conseguiu desenvolver alguns projetos de extensão e de pesquisa. Os estudos gramaticais constavam normalmente nas ementas de cada curso, no entanto, havia também leitura de textos específicos para cada curso. A instituição recebia os livros didáticos normalmente da mesma forma que as escolas públicas municipais e estaduais, contudo, esse material não contemplava as ementas desses cursos.
Pensando em oferecer aulas de inglês que pudesse obedecer a ementa, foi necessário buscar outros livros como referencial teórico para o ensino de inglês instrumental, trabalhando estratégias de leitura como Souza et al 2005 e Cruz et al 2003. Este, caiu como uma luva para os cursos de informática, tanto para os técnicos quanto para os superiores, pois todos os textos abordavam temáticas computacionais e a gramática era contextualizada. Essas obras serviram de inspiração para que pensasse em produzir uma apostila para os demais cursos, pesquisando textos na internet e nos livros didáticos com temáticas envolvendo os outros cursos.
Dessa apostila, foi iniciada apenas a capa e as primeiras atividades que depois se juntaram a outras, mas soltas ao meio a tantas outras atividades que foram se perdendo ao longo do tempo. Ainda em 2012, com o intuito de motivar os alunos nas aulas de inglês, sem nenhum embasamento teórico, naquele momento, até por falta de conhecimento mesmo, buscando mais tarde esse apoio, então, pensou e criou o Projeto Happy Day. Levando em conta o que afirma Holden et al. (2001 p. 89) “tudo que aumenta a motivação do aluno será bem-vindo”. E Brown (2001), o domínio de uma segunda língua acontecerá principalmente devido ao “investimento” pessoal do indivíduo. Depois desse, sucederam outros com as temáticas, Cinema, Rock, Contos de fada, Halloween, Cosplay, Multiculturalismo, etc.
Esse projeto de extensão, teve nove edições até o momento e ocorria anualmente e só parou por conta da pandemia da Covid 19. O evento que iniciou no auditório apenas com a professora e os alunos, depois percorreu toda a estrutura do campus, trabalhando de forma interdisciplinar e ainda apresentações de resumos científicos em inglês em eventos na UFOPA.
A versão em inglês do resumo científico, mais tarde fez parte de uma atividade de compreensão textual com os acadêmicos. Estes, ao se depararem com o texto resumo em inglês, utilizando a estratégia de skimming, foram se identificando com o texto ao longo da leitura e perceberam que a atividade parecia leve para eles, mesmo trabalhando a parte gramatical do texto. Isso, deve-se ao fato de que, naquele texto, tinha a vivência dos estudantes, sua participação, ou seja, teve um significado para eles.
O projeto, “Seleção de textos sobre a Amazônia para o estudo de inglês, foi mais um trabalho com os alunos que gerou o artigo “Oficina de leitura em língua inglesa através de textos sobre a Amazônia: a experiência da aplicação”, apresentado no 1º Colóquio Internacional IPEASA Museu Aracy Paraguassú nas dependências do IFPA campus Itaituba pelos bolsistas, e posteriormente publicado no site do evento www.ipeasa.org.
Paralela a essas atividades, fez várias tentativas de ingressar no mestrado acadêmico em Educação (UFOPA-2016 e 2019) com os projetos “Formação discursiva e ideológica dos sujeitos”, o qual, propunha-se a fazer um trabalho de análise a partir do discurso dos estudantes que migraram de outros estados para a região e do discurso dos filhos da comunidade local, em busca da riqueza regional que atraiu um grande número de migrantes sulistas; o Projeto Formação de Professores de Inglês no Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano: uma revisão literária integrativa. Esse pretendia fazer uma revisão literária integrativa sobre a formação de professores de inglês no ensino fundamental do sexto ao nono ano.
No PPGEDAM-UFPA em 2016, participou de outro concurso com o projeto Educação Ambiental e Sustentabilidade: elaboração de material didático em inglês para saneamento ambiental, tratava-se de uma proposta de elaboração de material didático pedagógico em educação ambiental para o Curso Superior de Tecnologia em Saneamento Ambiental, considerando a inexistência de recursos instrucionais de aplicação em sala de aula e em campo, envolvendo textos interdisciplinares que concretize a utilização das normas e princípios ambientais no cotidiano e na vivência dos conteúdos das disciplinas técnicas, em Português e Inglês (curso existente no campus naquele período); e com o mestrado em Educação Profissional Tecnológico – ProfEPT em 2017.
Também realizou a proposta de pesquisa: Um olhar sobre o bilinguismo Português/Munduruku nas escolas de Itaituba, cujo objetivo da pesquisa era promover a formação teórica das realidades de algumas escolas localizadas na zona urbana (aldeias), considerando a presença de duas aldeias Munduruku dentro da cidade de Itaituba: Aldeia do Mangue e a Praia do índio.
Apenas em 2021, depois da segunda tentativa, conseguiu adentrar no mestrado ProfEPT – Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica. Ao participar das aulas e das leituras desse programa de pós-graduação, percebeu o quanto foram significativas. Essas leituras estão lhe proporcionaram oportunidades para refletir sobre suas metodologias em sala de aula com os alunos do curso técnico e tecnológico. No mestrado, sua pesquisa foi no ensino de Inglês Instrumental, levando em conta as necessidades do aluno, desenvolvendo as quatro habilidades e que isso está contribuindo para a formação humana integral do educando da Educação Profissional e Tecnológica (EPT).
A posse na Academia Itaitubense de Letras (AIL) deu-se em 2021, em um evento através do Google Meet, por conta da Pandemia da Covid-19. Tornou-se membro da AIL, a partir do convite da Sócia – Fundadora da AIL, professora e escritora Drª DJALMIRA DE SÁ ALMEIDA, pela qual tem muito carinho e admiração. O gosto pela leitura vem de muito cedo, tendo sua mãe como maior incentivadora, já a prática da escrita veio mais tarde, tendo uma afinidade pelos poemas. O aprimoramento de sua escrita deu-se através de muitas leituras e do incentivo e parceria da professora Djalmira para as publicações.
ALGUNS POEMAS
(Eliete Silva Cardoso)
As três virtudes
Tenha fé, acredite.
Tudo vai dar certo
Essa tempestade passará
No céu, estava escrita
A tempestade.
Agora está de novo
Olha lá a fé!
Pequenina, mas tão poderosa.
Você viu a esperança?
Ela é tão forte
Não morre fácil
Vamos, levante
A caridade nos chama
Ela é virtude
Nos conduz ao amor
Você viu as três
Escritas no céu?
Eu vi.
Elas vão nos ajudar
A sair da tempestade
Fé, esperança, caridade
Eliete Silva Cardoso 06/06/21
Bom dia Itaituba!
Bom dia Itaituba
Sol ardente!
Cidade dourada
Pepita nossa nativa
Pó dourado
Matriz, Barraca da Santa
Rio Tapajós de águas cristalinas
Bom dia Praia do Índio
Mangue
Parque Nacional da Amazônia
Bom dia Nossa Senhora Santana
Nos proteja, nos guarde.
Eliete Silva Cardoso 06/06/21 às 18:04h
O Amor
É o maior sentimento profundo
Que existe no mundo
É o despertar das flores
Enchendo de amores
O meu mundo
É banhar nas águas doces
Enxugar no sol da manhã
É saciar a minha fome
Com o cheiro da maçã
Por ele atravesso o mundo
Rios de água sem sofrer
Só pra matar a saudade
Que sinto de você
É o encontro palpitante
Cheio de amor e prazer
Bem juntinho ficamos
Até o anoitecer
É o passar depressa das horas
Ao despertar era tarde
Mas com você eu fico
Até a eternidade
(Produzida em 1998- Eliete Silva Cardoso)
ROTINA
Acordo cedo
Ainda tudo calmo
Preparo o café
Alegria dos pets, meus amores
Ponho as leituras em dia
Um cheiro molhado nas flores
Ligar o computador
Limpar o ambiente agora
Entrar no Meet, tá na hora
Frequência no WhatsApp
Tudo bem, pessoal?
O assunto de hoje é…
Vocês entenderam?
Um momento…
A atividade tá postada.
Na sala virtual.
Mas uma vez
Olá pessoal, tudo bem?
Frequência…
(Eliete Silva Cardoso)
Eliete Cardoso
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