
Membro Damião Oliveira de Souza Cavalcante
BIOGRAFIA
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas.
Pessoas transformam o mundo. ” (Paulo Freire).
Damião Alegria (Damião Oliveira de Souza Cavalcante), professor, educador, historiador, pedagogo, tecnólogo Superior em Assuntos Jurídicos, nasceu em Santa Luzia do Pará, comunidade de Ourém, PA, em 31 de julho de 1983. Aspirante a uma vaga na Academia de Letras de Itaituba. Escolheu por patrono José Veríssimo.
Filho de Raimundo Nonato de Souza (in memoria) e Alzira Oliveira de Souza, nasci aos 31 de julho de 1983, na cidade de Santa Luzia do Pará, comunidade distrital que pertencia ao município de Ourém/PA. Filho caçula gemelar de uma família de 11 irmãos, venho de uma infância humilde, mas cheia de amor. Minha irmã, a terceira filha, juntamente com minha mãe, já viúva, assumiu a liderança da família. Esta seguiu carreira no magistério por 30 anos. Hoje, professora aposentada da Rede Estadual de Ensino do Estado do Pará, foi minha grande inspiração profissional. Minha vida escolar foi desde o ensino fundamental ao médio na única escola pública da cidade, Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Prof. Florentina Damasceno”. Nunca reprovei, fui aluno participativo, sempre na liderança das equipes de trabalho escolar.
Fui acadêmico, das primeiras turmas da era do PROUNI, Programa de Inclusão Escolar Superior, do Governo Lula em 2005, com bolsa no curso de Licenciatura Plena em História (2008) pela Faculdade de Itaituba (FAI). Sempre atuante e participativo durante a vida acadêmica, destaco a extensão universitária em Estágio Voluntário em Ação (2008), realizado na parceria entre a Faculdade e a Secretaria de Assistência Social, nas quais os acadêmicos podiam conhecer o funcionamento da secretaria e serviços sociais. Segundo Antônio Gil, a pesquisa pode ser definida:
Pode-se definir pesquisa como procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. (GIL, 2018, p 17).
Partindo da definição de Gil (2018), o que é pesquisa? A escolha do tema da minha monografia: A presença da Mais-valia na Formação da Mão de Obra da Garimpagem na Região do Vale do Tapajó, o meu TCC teve como ênfase o materialismo histórico no período econômico da garimpagem, percebendo o pensar, o sentir e o agir de milhares de pessoas que empregaram sua mão-de-obra nos vários garimpos da região de Itaituba. Nesse contexto, percebi que o marxismo é um método de análise socioeconômica sobre as relações de classe e conflito social, que utiliza uma interpretação materialista do desenvolvimento histórico e uma visão dialética de transformação social. E como contribuição, na minha prática de docente, pude levar essa corrente histórica para a formação de um cidadão mais crítico e participativo.
E, Pós-graduado a nível de especialização no Curso de História, Sociedade e Cultura, pela Faculdade do Tapajós – FAT (2013), na elaboração do meu artigo, dei continuidade ao tema da exploração dos garimpeiros braçais, com o título: A mais-valia do Processo Econômico da Garimpagem no Município de Itaituba – PA. Em uma de suas obras mais importantes, Pedagogia da Autonomia (1996), Paulo Freire traz questões que permeiam o dia a dia do professor apresentando características que constituem o processo pedagógico num momento de desvalorização do trabalho deste. Ainda problematiza a prática pedagógica que pode ter alegria sem perder a seriedade e que é preciso ter saberes indispensáveis por parte dos educadores críticos e
progressistas.
No momento que conclui a minha graduação, logo comecei a trabalhar, e iniciei no Centro de Estudo Pan-Americano – CEPA (2009-2012), na função de Professor, na modalidade de ensino da Educação Jovens e Adultos – EJA, do Ensino Médio, ministrado as disciplinas de História Geral e do Brasil, Geografia Geral e do Brasil, Sociologia, Filosofia e Arte. Em cada turma, várias histórias de vidas conheci, e muitos com bagagem cultural marcado pela economia do Garimpo predominante nessa Região do Tapajós. Mais em
decline, onde a volta à escola se fez necessário. Apoia a superação a através da educação, foi a minha gama como educador. Hoje vejo o resultado, de muitos ex-alunos, formados e graduados no nível superior.
Logo a após concluir minha especialização, fui convidado a ingressar no Ensino Superior, um desafio para prática docente. Na Faculdade do Tapajós – FAT – (2013-2014) foi a primeira na qual passei a ensinar, nos Cursos de Bacharelado em Administração e Ciências Contábeis, na disciplina de Disciplina de Noção de Economia. Atuando na parte de introdução, história e teorias econômicas, bem ligado à minha formação de historiador. Instigar que o discente possa apreender as várias teorias econômicas, ligadas aos fatores culturais e sociais, intrinsicamente ligados.
Recebi convite para colaborar no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA (2014-2014), com o Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, uma Parceria entre IFPA e Faculdade do Tapajós, para ensinar novamente a Disciplina: Noções de Economia. Oportunizando mais uma vez, em contribuir com no ensino acadêmica, uma discussão teórica das principais teorias da economia, abordando o Marxismo como uma crítica ao atual sistema econômico predominante.
Desde o ano de 2014, passei ser professor, da Prefeitura Municipal de Itaituba (2014 – Atual), no Cargo História, no Ensino Fundamental, ensinando as disciplinas de História e Estudos Amazônicos. Professor efetivo da rede municipal, aprovado em 1ª lugar ao cargo de História em 2013. Empossado em 2014, ensinada, história na modalidade de Educação Jovens e Adultos e Estudos Amazônicos nas séries finais do Ensino Fundamental Maior, do 6º ao 9º ano. Durante esses sete anos, tem aprendido com a prática de ensino, que é preciso sempre buscar novas possibilidade e conhecimento para os alunos.
A contribuição é forma cidadãos mais críticos e pensantes, que consiga interpretar as várias correntes históricas existentes, as positivistas, marterialista histórica e entre outras. Trabalho a discussão, estudo da busca da identidade do homem amazônico, para que os educandos possam se identificar com a cultural amazônica.
Como Magna Soares defini que a experiência é que pode ser visto, além do discurso da teoria do conhecimento, como abaixo:
É Marilena Chauí (1980a:27) quem afirma que uma das operações fundamentais da ideologia consiste em passar do discurso de ao discurso sobre e propõe a distinção entre essas duas formas de discurso pela distinção entre conhecimento e pensamento: O conhecimento é a apropriação intelectual de um certo campo de objetos materiais ou ideais dados, isto é, como fatos ou ideias. O pensamento não se apropria de nada – é um trabalho de reflexão que se esforça para elevar uma experiência (não importa qual seja) à sua inteligibilidade, acolhendo a experiência como indeterminada, como não-saber (e não como ignorância) que pede para ser determinado e pensado, isto é, compreendido. Para que o trabalho do pensamento se realize é preciso que a experiência fale de si para poder voltar-se sobre si e compreender-se. O conhecimento tende a cristalizar-se no discurso sobre; o pensamento se esforça para evitar essa tentação apaziguadora, pois quem já sabe, já viu e já disse e não precisa pensar, ver ou dizer e, portanto, também nada precisa fazer. A experiência é o que está, aqui e agora, pedindo para ser visto, falado, pensado e feito (SOARES, p.46-47).
Aprendi como professor, há não fugir das discussões da vida escolar como o todo, podendo contribuir voluntariamente para questões que demanda o dia-a-dia, o chão da escola. Foi eleito democraticamente, na categoria de professores, para o Conselho Escolar EMEF São Francisco das Chagas – CESFC (2015-2019), do município de Itaituba, Estado do Pará. Escola da qual ensino até hoje. Fui eleito na função de presidente, com função de gestão dos recursos do Programa Direto na Escola – PDDE, para aplicação dos recursos para atender as necessidades dos trabalhos da escola, aprendi mais sobre a gestão participativa da escola, onde voluntariamente, podemos exercer nossa cidadania, no controle social participativo, uma gestão escolar com a participação dos seus integrantes, ganha na elaboração dos seus PPPs, PCNs, Calendários Escolar e Social.
Como professor efetivo, foi convidado a ser Relator no I Encontro Pedagógico da SEMED Itaituba –PA no ano 2015, para mediar a Proposta Curricular de Ensino – PCN Municipal para o ensino fundamental e educação de jovens e adultos – EJA da disciplina de História. Nesse dia, estava mediando junto aos professores de história a nova proposta curricular de ensino de História, e no final apresentei um relatório das propostas aprovadas. Essa experiência, fez com que a minhas convicções históricas contribuições
para os demais professores e materializasse em uma PCN que oportunizarem várias correntes históricas, fugindo daquela só positivistas.
Também não abro mão da luta de classe, desde o primeiro mês de servidor público, em 2014, sou filiado ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará – SINTEPP, defendendo a manutenção dos direitos conquistas, as melhorias e valorização na carreira e a educação pública de qualidade. Eleito para coordenação do sindicato no triênio (2016-2019), vinculo
de Trabalho Voluntário, me dividido entre a sala de aula e luta de classe, exercia a função de Coordenador de Comunicação, apresentado o Programa de Rádio A Voz do Sintepp na Rádio Comunitária Alternativa – FM 104,9.
Também foi delegado na IV Conferência Municipal de Educação / CME – 2017, para elaboração do Plano Municipal de Educação – PME, mais um avanço na experiência do ensino, leva a prática para além da sala de aula, discutir, planejar e sugerir propostas para melhoria da Educação. Minha contribuição com historiador é proporcionar dentro das propostas política
educacional que possibilite a formação de cidadão mais críticos e inteirados sobre o que acontece em nossa sociedade.
Outra atividade que exerço, com carinho e dedicação, é de membro Associação dos Amigos do Museu Aracy Paraguassú – AAMAP – (2018 – atual), trabalho voluntário, como Presidente, com atuação de coordenador projetos, recursos e serviços a favor do Museu. A preservação da memória, história, cultural local, se passa do museu para escola. Uma educação
museual, que precisa ser debatida, e estudada. A ligação de espaços não escolar com educação formal.
Mais uma vez, contribuindo como mediador na Reformulação da Proposta Curricular Municipal de Itaituba – 2019, de acordo com a normas da BNCC, na reformulação da disciplina de História para o Ensino Fundamental e EJA. Com essa experiência, contribui com a minha formação para possibilitar mais correntes historiográficas dentro do PCN municipal.
As autoras Désirée Motta-Roth e Gabriela Rabuske Hendges, discorrer na Produção Textual na universidade (2010), sobre gêneros acadêmicos quanto com o ensino de produção textual na universidade. Tal trajetória as autoriza a empreender trabalhos do porte desta obra, o que se reflete no caráter teoricamente claro e eficazmente didático do livro, as docentes e pesquisadoras abordam gêneros centrais do contexto universitário, quais sejam: resenha, projeto de pesquisa, artigo científico e abstract.
Dessa forma, algumas produções textuais minhas, a primeira foi na Revista Acadêmica da Faculdade do Tapajós – Boyrá – Edição nº 02 – 2014. Tive o artigo apresentado na Especialização História Sociedade e Cultura da Faculdade do Tapajós – FAT, selecionado para ser publicado na Revista Acadêmica Boyrá. Com o título: “A mais-valia no processo econômico da garimpagem no município de Itaituba”. Dando a sequência da linha que defendi na minha monografia, e na especialização. O tema ganhou importância, sendo um dos poucos selecionados para ser publicado na revista. A contribuição foi possibilitar aos acadêmicos da instituição outras possibilidades de contar a história da região e da cidade com a perspectiva do Marxismo.
Outra produção publica, foi no Livro TRILHAS do Rio Tapajós: perspectivas socioambientais para sustentabilidade – 2015. Capítulo VI – Meio Ambiente e interfaces – Ações antrópicas na Feira Livre do Produtor Rural Beira do Rio Tapajós, município de Itaituba. A pesquisa foi aceita no EDITAL – Nº 01/2015-SEMMA/PMI serem usados na confecção de artigos para publicação de um livro. Na as ações antrópicas dos feirantes junto ao Rio Tapajós, perceber o tratamento e conhecimento dos mesmos na preservação
ambiental do rio, para saber dos feirantes qual é a significado do Rio Tapajós, lembrando que a feira é localizada as margens do Rio, sendo na entrada e saída do porto da balsa, onde recebe milhares de viajantes. A contribuição foi perceber ao fim da pesquisa, que a própria existência da feira se torna somente possível com a preservação do Rio Tapajós.
Recentemente tive um artigo jornalístico publicado na Coleção Volume 3, Production de textes journalistiques em français ete portugais à I´TFPA – Campus de Itaituba / Produzindo textos jornalísticos em francês e português no
IFPA – Campus de Itaituba / Djalmira de Sá Almeida (organizadora) – Curitiba: CRV, 2020. Com título de reportagem: Relatos de fuga de um Garimpeiro em situação de escravidão em Garimpo da Região do Tapajós (224-227p).
Publicações Publicadas nas I Coletânea de Produção Literária da Academia Itaitubense de Letras – AIL, Editora CVC, Curitiba – Brasil – 2021, Poesias publicadas na I Antologia Poética da Academia Itaitubense de Letras – AIL, Editora CVC, Curitiba – Brasil – 2021, e Artigo publicado na Coletânea da Produção da Academia Itaitubense de Letras – Poesias, crônicas e artigos,
Editora CVC, Curitiba – Brasil – 2023.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
MOTTA-ROTH, Désirée; HENDGES, Gabriela Rabuske. Produção textual na
universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. Série Estratégias de
ensino. N.20,17p.
SOARES, Magda. Metamemória-memórias: travessia de uma educadora. São
Paulo: Cortez, 2001.
Damião Oliveira de Souza Cavalcante
MembroAcompanhe nas redes sociais